Não são as fake news que elegem Bolsonaro

O brasileiro é conservador e de direita!


Para mim esse é o X da questão. Por isso, como as pesquisas mostram, o candidato pelo PSL, Jair Messias Bolsonaro, deverá ser o presidente do Brasil a partir de 1º de janeiro de 2019. Ele não é um herói, um mito ou o paladino da moral e bons costumes.


Ele estava apenas no lugar certo e na hora certa. Esse deputado federal do baixo clero estava apenas de passagem, mas seu discurso ecoou com que pensa parte significativa da população brasileira.


Faltando menos de uma semana para a eleição presidencial de 2018, o último grande fato político da campanha é a acusação de que a campanha de Bolsonaro, teria feito um caixa dois, por meio de empresários que adquiram pacotes para disseminar as chamadas fake news por aplicativos de mensagens de texto e redes sociais.


Não vou entrar no mérito do que são fake news. Acredito que elas pouco ou nada influenciaram o resultado das eleições. Para mim, isso é apenas uma tentativa da esquerda, que percebendo a iminente derrota, tenta encontrar meios para justificar a perda nas urnas, bem como, gerar instabilidade política ao provável governo de Bolsonaro.


Vamos aos fatos...



Para provar a minha tese apresento dados de pesquisas de opinião que demonstram que os brasileiros apoiam e sempre apoiaram questões como criminalização do aborto, porte de armas, prisão perpétua, entre outros temas que estão no topo do discurso do capitão reformado


Uma pesquisa realizada pelo DataFolha em 2014 demonstrou que os brasileiros, apesar de apoiaram a democracia, tem críticas a esse sistema. Na época 16% diziam que “tanto faz” ao ter que escolher entre um sistema democrático ou ditatorial. Já 14% defendem que em certas circunstâncias é melhor uma ditadura do que um regime democrático. Acredito que 30% demonstrando dúvida em relação à democracia é algo que deveria ter despertado a atenção.


Ainda em 2014, 45% do eleitorado se mostrava afinado com as ideias de direta, contra 35% dos entrevistados que se identificavam com políticas ditas de esquerda. Os que ficavam no centro eram 21%,


Outra pesquisa, de 2016 mostrou 64% dos brasileiros apoiavam a ideia que a mulher que realiza um abordo deve ser processada criminalmente. Em 2018 o índice caiu para 57% mas continua sendo maioria. Já em 2018 a pena de morte recebeu o apoio de 57% dos entrevistados, sendo o maior índice em pesquisas realizadas sobre o tema desde 1991.


Um dos temas destaque no discurso de Bolsonaro é sobre a redução da maioridade, onde segundo o DataFolha, em pesquisa de 2018, 84% dos adultos se mostram favoráveis à mudança. Sobre armas de fogo, apesar da maioria (56%) ser contra, acredito que 42% apoiar a ideia de que os cidadãos poderem possuir uma arma legalizada é algo relevante.


Sem surpresas



Agora muita gente fica surpresa ao perceber que Bolsonaro será o próximo presidente. Para mim isso é bobagem. Não surpreende. Bastava olhar as tendências dos últimos anos, ligar isso aos escândalos de corrupção e regeição ao PT e está pronta a receita do bolo.


Não estou aqui para emitir opinião se apoio ou rejeito Bolsonaro. Quero apenas demonstrar que ao longo dos últimos quatro anos, os brasileiros, em sua maioria, demonstraram estar afinados com as ideias e o discurso de Bolsonaro. Ou seja, não foram fake news, ou campanhas massivas nas redes sociais que levam a eminente vitória do candidato. Seu apoio se deve a ressonância que suas ideias têm em uma camada representativa da nossa população.




Fontes:







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