Previdência Social: as opções do Brasil são reformar ou reformar

Não há saída. O Brasil precisa seriamente pensar em uma verdadeira e honesta reforma da Previdência Social. Sem choro nem vela. Ou se faz uma reforma hoje, ou vamos ficar sem aposentadoria amanhã. É uma questão matemática simples.






Vamos aos dados: levantamento do Fundo de População das Nações Unidas (Unpfa) apontou que as famílias brasileiras têm tido 1,7 filho, em média. Isso é menos que a média da América Latina, que é de dois filhos por casal, bem como é menos do que o necessário para “repor” a população do país, que seria de 2,1 filhos. Não estou aqui para discutir o que leva o país a essa redução da natalidade. O que me preocupa no momento são as consequências desse fato.

Se por um lado o país terá que investir menos em serviços como educação e promoção de vagas de emprego, por outro, precisa levar em conta que a população está envelhecendo e não haverá tantos jovens para manter a balança previdenciária, que já está deficitária há algum tempo. E a coisa só tende a piorar.

Tivemos um bônus demográfico nas últimas décadas, quando a população jovem era substancialmente superior à população idosa. Mas como quase tudo no Brasil, esse bônus também foi desperdiçado. Em outras palavras, não foi feita uma poupança adequada nesse período, para suprir o deficit previdenciário que se delineia quando os jovens e população economicamente ativa de hoje envelhecer.

O vampiro tentou


Michel Temer, não foi lá grandes coisas enquanto presidente. Entretanto não dá para negar que ele foi politicamente sabotado ao tentar fazer uma reforma tímida e, na minha opinião, bastante superficial da Previdência. Portanto, imagino a dificuldade que os futuros governos terão e fazer a reforma verdadeiramente necessária.

A visão do brasileiro sobre o futuro parece não incluir a lógica matemática. É uma sinuca de bico, onde se tem duas escolhas possíveis: uma é muito ruim. A outra é pior ainda. Tipo quando você tem que escolher entre Haddad ou Bolsonado para presidente. É como ter que escolher entre seis ou meia dúzia… mas vamos tentar escolher o menos pior.

Opções


As opções são reformar e deixar muita gente bicuda, ou não reformar e deixar muito aposentado sem receber em breve, muito em breve. Eu, no auge dos meus 29 anos não fico nem um pouco satisfeita em pensar terei que trabalhar mais alguns anos que meus pais, para ter direito à aposentadoria. Especialmente vendo políticos se aposentado após 4 ou 8 anos de mandato com vencimentos pra lá de poupudos (mas essa é outra questão).

Não posso negar que, além dos privilégios de poucos, a realidade de muitos reles mortais, como eu, precisará mudar, no que diz respeito ao momento de pendurar as chuteiras. Triste, horrível, chato, lamentável... Porém, como não pensaram em mim lá atrás, vou ter que seguir na labuta se quiser continuar ganhando o pão de cada dia, mesmo quando tiver mais de 60 anos. Lógica matemática… infelizmente.

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