Recuando e reagrupando

Pronto. Está decidido. Jair Messias Bolsonaro é o novo presidente o Brasil. Assumirá o cargo em 1º de janeiro de 2019. Derrota confirmada, quem apoiou o candidato Fernando Haddad, do PT, tem todo o direito de chorar, estar chateado e um pouco revoltado nesta manhã de segunda-feira pós eleições. Mas espero, pela saúde política do país, que esse choro seja inteligente.





Espero que na maré de lamento dos derrotados a revolta não siga a mesma lógica burra que guiou a campanha no PT nestas eleições. A derrota nas urnas serviu apenas para mostrar que o Partido dos Trabalhadores falhou miseravelmente em entender o que se passa no Brasil.

O PT não perdeu para Bolsonaro. Perdeu para ele mesmo. Perdeu por apostar em Lula, criar um poste e ignorar a rejeição que a sigla carrega. Ignorou o momento de mudanças ideológicas que o Brasil passa. Ignorou as poucas falas sensatas de nomes como Cid Gomes ou Mano Brown. Estes foram alguns dos poucos que perceberam que partido parou de dialogar com as suas bases, parou de entender o que os eleitores realmente queriam.

O discurso da derrota foi arrogante. O PT errou ao não reconhecer seus erros, ao não assumir sua culpa. Errou ao bater nas mesmas teclas de golpe e Lula Livre. Não percebeu que o que o brasileiro comum queria era ouvir falar em combate real a corrupção, em ver político corrupto na cadeia, independente de partido. O brasileiro quer emprego, saúde, segurança e qualidade de vida. Liberdades básicas que lhes tem sido paulatinamente sonegadas.

Repito: Bolsonaro e seus aliados são apenas uma reação a uma ação. A derrota não foi para a direita. A esquerda perdeu para si mesma. Agora é a hora de uma análise sincera dos fatos e trabalhar para o bem do Brasil, não do partido.

Ao eleito...


Quando a Bolsonaro, espero que ele consiga se reconciliar com os setores dos quais se distanciou durante a campanha. E passe a governar para todos. Melhore a qualidade de vida de todos, de norte a sul do país. Que vitoriosos e derrotados entendam que a política não existe para beneficiar esse ou aquele lado. Ela existe para beneficiar o país. Ajudar o Brasil a encontrar o melhor caminho para crescer e se desenvolver.

A economia foi o grande fiel da balança. Quando o dinheiro começou a faltar e a comida começou a escassear na mesa de muitos o voto migrou para aquele que defendia o básico: o fim da corrupção, a segurança e a chande que as famílias tenham emprego e renda. A proposta foi simples, básica, quase franciscana. E colou.

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